Manucure — delírio futurista, op. 49

 ópera

data 2012

efectivo meio-soprano, tenor, barítono e ensemble (1.1.1.1 / 1.1.1.0 / perc / 3.0.2.2.1)

libreto a partir de Mário de
Sá-Carneiro

duração 16’

estreia Maria Luísa de Freitas (meio-soprano), Marco Alves dos Santos (tenor), Mário Redondo (barítono) e Orquestra Sinfónica Portuguesa, sob a direcção de João Paulo Santos e encenação de Luís Miguel Cintra, Teatro Nacional de São Carlos, Lisboa, Portugal, 02/02/2012.





CRÍTICA

« […] fiquei plenamente convencido, por exemplo, de que dificilmente conseguiria sustentar em peça minha o ritmo endiabrado de “Manucure” […]. São obras extraordinariamente maduras, nas quais há total sobreposição entre intenção percebida e efeito conseguido. Criações exemplares, em que os meios se adequam plenamente aos fins. […] “Manucure” de Mário de Sá-Carneiro deu azo, na escrita de Edward Luiz Ayres d’Abreu, a um “Delírio futurista em doze números”. E de facto está lá tudo: a sirene, o ruído, a aceleração, a dispersão da modernidade segundo a cartilha futurista, ambiente conseguido com recurso às notações informais da década de 1960, misturadas com outras, mais tradicionais. Um ritmo imparável de imagens sobrepostas, vorazes de sucessão, de auto-aniquilação. Uma energia consumida na pura dicção de si mesma. Uma imaginação prenhe dela própria. Uma homenagem totalmente adequada, totalmente convincente ao futurismo de há quase um século, e ao mesmo tempo uma gostosa afirmação de liberdade face às várias cartilhas hoje vigentes e ao afunilamento institucional dos modos de expressão. […] »

Manuel Pedro Ferreira, 11 de Fevereiro de 2015, Espaço Crítica para a Nova Música

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